sábado, 27 de outubro de 2012

Esses dias tão estranhos

Nos dias que o pensamento dele voa longe
assim, bem rápido através dos ventos
e seu coração quase pode romper a barreira do som
dentre outras barreiras que nem convém dizer.

Nos dias que ela se divide
e acaba o achando em alguma peça
peça essa que não se sabe a qual quebra-cabeça condiz.
talvez seja melhor nem saber.

Nos dias que eles se libertam de uma ou outra culpa
que são os mesmos dias em que se vêem e não se encontram.

Nos dias normais, pois que quase ninguém vive mais do que algumas horas no mundo da lua
eu disse quase ninguém.

No fim dos dias ela só queria que ele à surpreendesse mais do que nunca.
Ele espera a remota chance de desvendar os seus meio-segredos.

Por bem era melhor que se afastassem.

Ela hoje conhece sobre o desapego
Ele aprendeu a ser sozinho
Ela tem tudo a perder
Nada pode impedi-lo.

Se tudo correr bem... Irão se odiar.

Ela tem cartão de visita e tudo
Ele vive de canto em canto por ai
Ela se viciou no perigo
Ele tem mania de olhar o calendário.

Logo eles que diziam saber, não sabem
já são quase cinco da manhã.

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