terça-feira, 30 de julho de 2013

Na jornada tripla.



Ela acorda preocupada com os afazeres: dupla jornada, muitas vezes tripla. 
Com certeza não sou o primeiro pensamento do seu dia,
mas também é certo que por nenhum dia ela me esqueceu.
Não sei exatamente como e quando descobri mas é verdade, ela é a mulher que eu amo, com as outras eu no máximo me esforcei.

Quando revejo todas as fotos, quando lembro como ela me olhava daquele jeito
veja você, se torna impossível silenciar a mente, inclusive, aquela voz que grita seu nome a cada batida do coração... Eu volto pro começo.

Muito por conta das chances remotas das quais ela soltava querendo ou não
uns flertes com o destino que pra mim se tornavam toda a esperança do mundo.
Passei a amar por pura convenção.

Um mar de espera incerta
atemporal
mas como é bom navegar!
 
E de gota em gota, grão em grão, esses contados no ritmo do leva e trás dos ventos
eu espero subitamente que ela confunda sua historia com a minha.
Sempre lembro dos diálogos marcados pela dualidade, os versos de amor e ódio,
há quem diga que pra se fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza.

Sorri, chorei, sorri, chorei, sambei.