terça-feira, 1 de abril de 2014

Olha esse delírio.

Tenho me convencido cada vez mais que estou funcionando num tempo diferente das outras pessoas, assim como elas, também tenho compromissos, deveres, algum plano de carreira e aquela correria habitual. Preciso, assim como essas pessoas, fazer tudo isso com a finalidade de conseguir sempre mais dinheiro, algum status, uma falsa seguridade e tentar ser inserido no "meio", quer dizer, precisava, é, eu precisava até um tempo atrás... Caiu a ficha da demasiada pressão que sofremos de todos os lados diariamente para sermos mais um correndo entre tantos sonhos que sangram e escoam pelas ruas da cidade, correndo feito louco, onde olhar pro lado já é perder o foco, mas que foco?

A vida não deve ser devota do sucesso exclusivamente, viver pode ser quem sabe, saber colocar o movimento certo e criar o ambiente para a construção de grandes momentos. Quando eu for embora desse mundo eu só espero que alguém diga:
-aaaaa o fulano, esse soube viver.
Quem não gostaria?

Como seremos lembrados é um ponto que afronta a humanidade desde que se pregam as metáforas de Absalão, Babel e Nabucodonosor: "Absalão fez um monumento a si, mas antes dele, a geração de Babel empenhou-se na construção de uma torre para que o seu nome fosse notório. Mais tarde, Nabucodonosor, repetia a si mesmo todos os dias que era imortal e que seu poder erguera o grande império babilônico.
Ridículo! Esforço vão! Absalão ficou conhecido não pelo monumento que construiu, mas por ser um rebelde que se amotinou contra o próprio pai e que morreu pateticamente. Babel não ficou conhecida por sua engenharia, apenas por sua estupidez e Nabucodonosor, ao rastejar como bicho, nos deixou a lição de que a vaidade é ridícula" (Godin, 2011).

Queremos ser eternos, é uma doença natural do homem acreditar que pode. A resposta da teoria de nosso legado pode estar na equação do significado da nossa existência, que só pode ser resolvida quando encontrado o verdadeiro valor do amor que temos por nossas vidas, junto as outras variáveis como vaidade, poder, coragem e fragilidade que passam e morrem pateticamente. Esse valor não é a soma, desleixadamente falando, de todos os dias em que conseguimos sorrir, o sorriso é um bem. Se alguém te faz sorrir (e não rir) isso deve ser refresco pra alma. A gente pode rir o dia todo, mas só a gente sabe quando está sorrindo. Ninguém usa sorriso como escudo da tristeza ou pra mentir que está bem. O sorriso falso sai torto, todo feio. A risada não, ela sai alta, mas nem todo som alto emite boas vibrações. As lágrimas podem muitas vezes lavar o rosto todo e podem rolar sobre os lábios, cobrindo um sorriso. Risadas não saem entre lágrimas, só sorrisos. Analise essa diferença.
Saiba quem merece seu riso ou todo o seu sorriso. Saiba cantar com um riso, e até arrisque encantar com um sorriso. 

Eu ainda não resolvi a equação, se você também ainda não resolveu, deixo duas perguntas que podem te ajudar a chegar a qualquer lugar, tá bom, ou a lugar nenhum.
Usamos nossa inteligência para ajudar ou para arrasar a vida das pessoas? 
Construímos sentimentos sólidos por onde passamos e participamos do destino da nossa cidade?
Difícil né? Ainda mas pra quem acha que essa zona vai ser louca até o fim.

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